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Porque aprendi que a vida apesar
de bruta é meio mágica,
dá sempre pra tirar um coelho da cartola.
E lá vou eu, nas minhas tentativas,
às vezes meio cegas,
às vezes meio burras,
tentar acertar os passos.
Sem me preocupar se a próxima
etapa será o tombo ou o voo.
Eu sei que vou.
Insisto na caminhada.
O que não dá é pra ficar parada.
Se amanhã o que eu sonhei
não for bem aquilo,
eu tiro um arco-íris da cartola.
E refaço.
Colo.
Pinto e bordo.
Porque a força de dentro é maior.
{Caio F. de Abreu}
